Abstract in English:
ABSTRACT.- Pires A.P.C., Oliveira M.C., Braga K.M., Malafaia P., Barros J.P.N., Tokarnia C.H. & Brito M.F. 2015. [Study about the sensitivity of goats to the toxicity of crotalarias poisonous for cattle aiming their use for prophylactic measures.] Estudo sobre a sensibilidade dos caprinos à toxidez de crotalárias tóxicas para bovinos visando a sua utilização na profilaxia. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(6):501-512. Curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR-465 Km 7, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: anap.castropires@gmail.com
Plant poisoning is known to be one of the most important causes of death of adult cattle in Brazil. As there are not many possibilities for treatment, all efforts must focus on application of alternative prophylactic measures, among them the use of a less sensitive animal species in areas of the occurrence of certain plants. This study aimed to ascertain the sensibility of goats to crotalarias (Crotalaria spectabilis and Crotalaria juncea), so that this animal species could be used as a prophylactic measure against those plants poisonous for cattle. Single or daily doses of seeds of Crotalaria spectabilis and Crotalaria juncea were given to eight young adult goats of both sexes divided randomly in two groups of four goats, e.g. one group for each plant. None of the four goats that received seeds of Crotalaria juncea developed clinical sings of poisoning or showed changes in the biochemistry examination. Out of the four goats that received seeds of Crotalaria spectabilis, three died. One goat received a 20g/kg single dose of seeds and developed signs of acute poisoning. Postmortem and histopathological examination revealed marked centrilobular hemorrhagic necrosis. The other two goats developed chronic poisoning by the administration of 2g/kg daily doses of seeds for 35 and 150 days respectively. One goat showed severe interstitial pneumonia and mild hepatic lesions, while the other goat presented only chronic hepatic lesions. Both goats showed transient changes in the biochemistry examination. The fourth goat received a 10g/kg single dose of seeds and did not develop significant clinical or biochemical changes. The results of the present study showed that goats are not indicated to be used as a prophylactic measure against poisoning by Crotalaria spectabilis, but can be recommended as a prophylactic measure against poisoning by Crotalaria juncea.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Pires A.P.C., Oliveira M.C., Braga K.M., Malafaia P., Barros J.P.N., Tokarnia C.H. & Brito M.F. 2015. [Study about the sensitivity of goats to the toxicity of crotalarias poisonous for cattle aiming their use for prophylactic measures.] Estudo sobre a sensibilidade dos caprinos à toxidez de crotalárias tóxicas para bovinos visando a sua utilização na profilaxia. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(6):501-512. Curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR-465 Km 7, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: anap.castropires@gmail.com
A intoxicação por plantas é sabidamente uma das principais causas de morte de bovinos adultos no Brasil. Uma vez que pouco pode ser feito no que diz respeito ao tratamento destas intoxicações, os esforços devem se concentrar na adoção de medidas profiláticas alternativas, como a utilização de uma espécie menos sensível no local de ocorrência de determinadas plantas. Objetivou-se com esse trabalho verificar a sensibilidade de caprinos às crotalárias (Crotalaria spectabilis e Crotalaria juncea) para que estes possam ser utilizados na profilaxia da intoxicação por essas plantas em bovinos. Sementes de C. spectabilis e C. juncea foram fornecidas em doses únicas ou diárias a oito caprinos adultos jovens, de ambos os sexos, divididos aleatoriamente em dois grupos de quatro animais (um grupo para cada planta). Dos quatro caprinos que receberam as sementes de C. juncea, nenhum desenvolveu sinais clínicos de intoxicação ou apresentou alterações significativas no exame bioquímico. Entre os quatro caprinos que receberam sementes de C. spectabilis três morreram. Um animal recebeu uma dose única de 20g/kg de sementes da planta e desenvolveu sinais de intoxicação aguda, caracterizadas macro e microscopicamente por necrose hemorrágica centrolobular. Os outros dois caprinos desenvolveram um quadro de intoxicação crônica pela administração de doses diárias de 2g/kg de sementes da planta por 35 e 150 dias respectivamente. Um animal apresentou uma marcada pneumonia intersticial e lesões hepáticas leves, enquanto no outro caprino observaram-se apenas lesões hepáticas crônicas. Ambos os animais apresentaram alterações transitórias ao exame bioquímico. O quarto caprino recebeu a dose única de 10g/kg, sobreviveu e não apresentou alterações clínicas ou da bioquímica sanguínea significativas. Os resultados do trabalho mostraram que não se deve usar caprinos como medida profilática na intoxicação por C. spectabilis, mas que pode se recomendar esta espécie na profilaxia da intoxicação por C. juncea.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Arruda R.C.N., Segundo J.M.F., Soares B.A., Martins N.R.S., Barçante T.A. & Barçante J.M.P. 2015. [Stomatitis vesicular in cattle and horse in the Maranhão state.] Investigação epidemiológica de Estomatite vesicular por achados clínicos em bovinos e equinos no Estado do Maranhão. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):391-395. Laboratório de Biologia Parasitária, Setor de Medicina Veterinária Preventiva, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Universitário, Lavras, MG 37200-000, Brazil. E-mail: tbarcante@gmail.com
Vesicular stomatitis (VS) is an infectious viral disease that affects bovines, equines, swine, wild animals and humans. As it is indistinguishable from other vesicular diseases, mainly Foot and Mouth Disease (FMD), it causes restrictions in commercial livestock trade at national and international levels and also significant economic losses. As the epidemiology and maintenance of VS virus in nature are not clearly understood it is difficult to take effective control measures. VS was diagnosed in some regions of Brazil, such as Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo and Alagoas. Cattle and horses with clinical symptoms of drooling, shedding of the lingual epithelium, presence of vesicles on the oral mucosa were observed and reported to the National Animal Health Office health of Maranhão State, Brazil. Samples of serum of these animals were collected and sent to Laboratório Nacional de Agropecuaria for ELISA and virus neutralization and differential diagnosis for Foot and Mouth Disease (FMD). The results of ELISA confirmed the VS. In the differential diagnosis, the results were negative for FMD. Samples of bovine epithelial tissue for VS by PCR confirmation of diagnosis were collected and sent to Biological Institute of São Paulo. Molecular results confirmed the Vesiculovirus Indiana III (Alagoas/VSAV) infection.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Arruda R.C.N., Segundo J.M.F., Soares B.A., Martins N.R.S., Barçante T.A. & Barçante J.M.P. 2015. [Stomatitis vesicular in cattle and horse in the Maranhão state.] Investigação epidemiológica de Estomatite vesicular por achados clínicos em bovinos e equinos no Estado do Maranhão. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):391-395. Laboratório de Biologia Parasitária, Setor de Medicina Veterinária Preventiva, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Universitário, Lavras, MG 37200-000, Brazil. E-mail: tbarcante@gmail.com
A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete equinos, bovinos, suínos, mamíferos silvestres e humanos. Por apresentar sinais clínicos semelhantes a outras doenças vesiculares, principalmente, febre aftosa, sua presença em determinadas regiões pode interferir no intercâmbio comercial internacional dos animais, seus produtos e subprodutos. Apesar de sua importância, a epidemiologia e a manutenção do vírus no ambiente não estão totalmente esclarecidas dificultando a aplicação de medidas de controle efetivas. A doença já foi diagnosticada em todas as regiões brasileiras. Bovinos com sialorréia, perda do epitélio lingual, lesões abertas com bordas amareladas nas gengivas, lábios, língua e mucosa oral e equinos com sialorréia e lesões abertas na mucosa oral e lábios foram observados e notificados ao Serviço Veterinário Oficial do Estado do Maranhão, Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGRD/MA). Amostras de soro de equinos e bovinos com sintomas de EV foram coletadas para investigação por ELISA e por neutralização viral, além do diagnóstico diferencial para Febre Aftosa (FA). Fragmentos epiteliais de bovinos com lesões na língua foram coletados para identificação molecular do agente. Todos os animais foram negativos para FA. Todos os bovinos e equinos foram reativos para EV nos testes sorológicos. A partir dos fragmentos epiteliais de bovinos enviados ao Instituto Biológico de São Paulo para PCR, foi possível caracterizar o agente como Vesiculovirus Indiana III (Alagoas/VSAV).
Abstract in English:
ABSTRACT.- Bomjardim H.A., Oliveira C.M.C., Silveira J.A.S., Silva N.S., Duarte M.D., Faial K.C.F., Brito M.F. & Barbosa J.D. 2015. [Mineral deficiencies in lactating cows from the dairy basin of Rondon do Pará, Brazil.] Deficiências minerais em vacas em lactação da bacia leiteira do município de Rondon do Pará, estado do Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):409-416. Faculdade de Medicina Veterinária, Instituto de Medicina Veterinária, Campus de Castanhal, Universidade Federal do Pará, Rodovia BR-316 Km 61, Castanhal, PA 68741-740, Brazil. E-mail: diomedes@ufpa.br
A study of mineral deficiencies was performed in lactating cows from dairy herds belonging to 13 farms of Rondon do Pará, state of Pará, Brazil. We determined the levels of phosphorus (P) in the bone and levels of copper (Cu), cobalt (Co), selenium (Se) and zinc (Zn) in the liver of 47 dairy cows in lactation 2. The samples were collected by means of biopsies taken on the top third of the 12th rib of the right side and the caudal edge of the caudate liver lobe, respectively. The herds were composed of crossbred (Holstein x Zebu) cattle, kept in extensive production system on Brachiaria brizantha cv. Marandu pasture and received mineral supplementation. The mineral mixture on 12 farms were commercial type, called “full” and the owners added a quantity of salt above the manufacturer’s recommendations on ten farms. The mineral mixtures were provided in troughs without covering on seven farms and on other eight, providing of the mineral mix was not performed daily. On 11 farms there were clinical histories consistent with mineral deficiencies in livestock, and placenta retention and osteophagia were the most frequently reported ones. The results of chemical analysis showed deficiency of P on five farms, of Co on three farms, of Se on nine farms and of Zn on ten farms. It is concluded that the mineral supplementation performed on the farms do not supply the daily demands of P, Se and Co, based on the estimated daily consumption of 30g of NaCl per animal; the little adequate or inadequate troughs for proper supplementation, as well as inconstant supply of mineral mixtures contribute to the deficiency of one or more minerals.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Bomjardim H.A., Oliveira C.M.C., Silveira J.A.S., Silva N.S., Duarte M.D., Faial K.C.F., Brito M.F. & Barbosa J.D. 2015. [Mineral deficiencies in lactating cows from the dairy basin of Rondon do Pará, Brazil.] Deficiências minerais em vacas em lactação da bacia leiteira do município de Rondon do Pará, estado do Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):409-416. Faculdade de Medicina Veterinária, Instituto de Medicina Veterinária, Campus de Castanhal, Universidade Federal do Pará, Rodovia BR-316 Km 61, Castanhal, PA 68741-740, Brazil. E-mail: diomedes@ufpa.br
Realizou-se um estudo das deficiências minerais em vacas em lactação de rebanhos leiteiros pertencentes a 13 propriedades da bacia leiteira do município de Rondon do Pará, estado do Pará. Foram determinados os níveis de fósforo (P) no osso, e os níveis de cobre (Cu), cobalto (Co), selênio (Se) e zinco (Zn) no fígado de 47 vacas leiteiras no 2º terço da lactação. Estas amostras foram coletadas por meio de biópsias realizadas no terço superior da 12ª costela do lado direito e no bordo caudal do lobo caudado do fígado, respectivamente. Os rebanhos eram formados por animais mestiços (Holandes x Zebu), mantidos em sistema de produção extensivo em pastos de Brachiaria brizantha cv Marandu e recebiam suplementação mineral. A mistura mineral em 12 propriedades era do tipo comercial, dita “completa”, acrescida de quantidades de NaCl acima do recomendado pelos fabricantes em dez propriedades. Em sete propriedades as misturas minerais eram fornecidas em cochos sem cobertura e em oito, o fornecimento da mistura mineral não era realizado diariamente. Em 11 propriedades, havia históricos clínicos condizentes com deficiências minerais nos rebanhos. Nessas fazendas a retenção de placenta e a osteofagia foram as alterações mais relatadas. Após as análises minerais observou-se deficiência de P em cinco propriedades, de Co em três propriedades, de Se em nove propriedades e de Zn em dez propriedades. Conclui-se que ocorre a deficiência de P, Co, Se e Zn; a suplementação mineral realizada na maioria das propriedades não atendeu as exigências diárias de P, Se e Co, baseadas no consumo estimado de 30 g de NaCl/animal/dia; os cochos pouco adequados ou inadequados para a suplementação, assim como o fornecimento inconstante das misturas minerais possivelmente contribuíram para a deficiência de um ou mais minerais.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Araujo A.C., Silveira J.A.G., Azevedo S.S., Nieri-Bastos F.A., Ribeiro M.F.B., Labruna M.B. & Horta M.C. 2015. Babesia canis vogeli infection in dogs and ticks in the semiarid region of Pernambuco, Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):456-461. Laboratório de Doenças Parasitárias, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Rodovia BR-407 Km 12, Lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho s/n, C1, Petrolina, PE 56300-990, Brazil. E-mail: horta.mc@hotmail.com
This study aimed to report the prevalence of Babesia canis vogeli in dogs and ticks in the urban and rural areas of Petrolina, Pernambuco. Serum and peripheral blood samples of 404 dogs were tested by indirect immunofluorescence assay (IFA) and by blood smears, respectively. The presence of tick infestation was evaluated, and some specimens were submitted to DNA amplification by polymerase chain reaction (PCR). The presence of antibodies anti-B. canis vogeli was determinate in 57.9% (234/404) of dogs. The direct detection of Babesia spp was obtained in 0.5% (2/404) dogs by visualization of intraerythrocytic forms. Infestation by Rhipicephalus sanguineus sensu lato was observed in 54.5% (220/404) of dogs in both urban and rural areas. DNA of Babesia canis vogeli were obtained by PCR in 6% individual (3/50) and 8.7% of pool of ticks (7/80). The risk factors for the presence of anti-B. canis vogeli antibodies, as determined through the application of logistic regression models (P<0.05), were the following: medium breed size variables (P<0.001); contact with areas of forest (P=0.021); and access on the street (P=0.046). This study describes, for the first time, the confirmation of infection of B. canis vogeli in dogs and ticks in the semiarid region of Pernambuco, Brazil.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Araujo A.C., Silveira J.A.G., Azevedo S.S., Nieri-Bastos F.A., Ribeiro M.F.B., Labruna M.B. & Horta M.C. 2015. Babesia canis vogeli infection in dogs and ticks in the semiarid region of Pernambuco, Brazil. [Infecção por Babesia canis vogeli em cães e carrapatos de uma região semiárida de Pernambuco.] Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):456-461. Laboratório de Doenças Parasitárias, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Rodovia BR-407 Km 12, Lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho s/n, C1, Petrolina, PE 56300-990, Brazil. E-mail: horta.mc@hotmail.com
Este trabalho objetivou avaliar a prevalência de Babesia canis vogeli em cães e carrapatos de áreas urbanas e rurais do município de Petrolina, Pernambuco, Nordeste do Brasil. Amostras de soro e sangue periférico de 404 cães foram testadas pela Reação de Imunoflorescência Indireta (RIFI), e por esfregaço sanguíneo. A presença de infestação por carrapatos foi avaliada, e alguns espécimes foram submetidos à amplificação do DNA pela Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). A presença de anticorpos anti-B. canis vogeli foi determinada em 57,9% (234/404) dos cães. A soroprevalência em áreas urbanas e rurais foi 48,5% e 67,3%, respectivamente. A detecção direta de Babesia spp foi obtida em 0,5% dos cães pela visualização de formas intraeritrocitárias. A infestação pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus foi observada em 54,5% (220/404) dos cães. DNA de Babesia canis vogeli obtido pela PCR foi 6% (3/50) em carrapatos processados individualmente e 8,7% (7/80) em pools. Os fatores de risco para presença de anticorpos anti- B. canis vogeli utilizando modelo de regressão logística (P < 0,05) foram porte médio (P <0,001), contato com áreas de floresta (P = 0,021), e acesso dos cães à rua (P = 0,046). Este estudo descreve pela primeira vez a confirmação da infecção de Babesia canis infectando cães e carrapatos em uma região semiárida de Pernambuco, Brasil.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Campos L.B., Peixoto G.C.X., Lima G.L., Castelo T.S., Souza A.L.P., Oliveira M.F. & Silva A.R. 2015. [Monitoring of the estrous cycle of agoutis (Dasyprocta leporina Lichtenstein, 1823) by vaginal exfoliative cytology and ultrasonography.] Monitoramento do ciclo estral de cutias (Dasyprocta leporina Lichtenstein, 1823) através de citologia esfoliativa vaginal e ultrassonografia. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(2):188-192. Laboratório de Conservação de Germoplasma, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: legio2000@yahoo.com
The objective of the study was to monitor the estrous cycle in agoutis (Dasyprocta leporina) bred in captivity in Brazilian semiarid. During 70 days, five agoutis were daily subjected to vaginal exfoliative cytology, and the ovarian ultrasound monitoring was conducted every three days. A total of 8 estrous cycles were completely monitored, lasting 28.2±0.7 days, ranging from 24 to 31 days. By vaginal exfoliative cytology, there was predominance of superficial cells at proestrus and estrus phases (P<0.05), followed by the predominance of intermediate cells in the metestrus (P<0.05) and parabasal cells in diestrus (P<0.05). By ultrasound, there were no differences in ovarian morphology during the different phases of the estrous cycle (P>0.05). Follicles during the estrogenic phases (proestrus and estrus) were identified, with an average diameter of 1±0.5mm. In only 12.5% of luteal phases, corpora lutea measuring 1.4±0.9mm were identified. We conclude that the association of vaginal cytology and ovarian ultrasonography is a useful alternative for monitoring the estrous cycle and identifying the estrogenic phases in Dasyprocta leporina.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Campos L.B., Peixoto G.C.X., Lima G.L., Castelo T.S., Souza A.L.P., Oliveira M.F. & Silva A.R. 2015. [Monitoring of the estrous cycle of agoutis (Dasyprocta leporina Lichtenstein, 1823) by vaginal exfoliative cytology and ultrasonography.] Monitoramento do ciclo estral de cutias (Dasyprocta leporina Lichtenstein, 1823) através de citologia esfoliativa vaginal e ultrassonografia. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(2):188-192. Laboratório de Conservação de Germoplasma, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: legio2000@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi monitorar o ciclo estral em cutias (Dasyprocta leporina) criadas em cativeiro no semiárido brasileiro. Durante 70 dias, cinco cutias foram diariamente submetidas a citologia esfoliativa vaginal, e o monitoramento ultrassonográfico ovariano foi realizado a cada três dias. Um total de 8 ciclos estrais foi completamente monitorado, com duração de 28,2±0,7 dias, variando de 24 a 31 dias. Pela citologia esfoliativa vaginal, houve uma predominância de células superficiais nas fases de proestro e estro (P<0,05), seguida da predominância de células intermediárias no metaestro (P<0,05) e de células parabasais no diestro (P<0,05). Por ultrassonografia, não houve diferenças na morfologia ovariana durante as diferentes fases do ciclo estral (P>0,05). Os folículos foram identificados durante as fases estrogênicas (proestro e estro), com diâmetro médio de 1±0,5mm. Em apenas 12,5% das fases luteais, corpos lúteos medindo 1,4±0,9mm foram identificados. Conclui-se que a associação da citologia vaginal e da ultrassonografia ovariana constitui uma alternativa viável para o monitoramento de ciclos estrais e identificação das fases estrogênicas em cutias da espécie Dasyprocta leporina.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Santos A.C., Viana D.C., Bertassoli B.M., Oliveira G.B., Oliveira D.M., Bezerra F.V.F., Oliveira M.F. & Assis-Neto A.C. 2015. Characterization of the estrous cycle in Galea spixii (Wagler, 1831). Pesquisa Veterinária Brasileira 35(1):89-94. Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, São Paulo, SP 05508-030, Brazil. E-mail: antonioassis@usp.br
The Galea spixii inhabits semiarid vegetation of Caatinga in the Brazilian Northeast. They are bred in captivity for the development of researches on the biology of reproduction. Therefore, the aim of this study is characterize the estrous cycle of G. spixii, in order to provide information to a better knowledge of captive breeding of the species. The estrous cycle was monitored by vaginal exfoliative cytology in 12 adult females. After the detection of two complete cycles in each animal, the same were euthanized. Then, histological study of the vaginal epithelium, with three females in each phase of the estrous cycle was performed; five were paired with males for performing the control group for estrous cycle phases, and three other were used to monitor the formation and rupture of vaginal closure membrane. By vaginal exfoliative cytology, predominance of superficial cells in estrus, large intermediate cells in proestrus, intermediate and parabasal cells, with neutrophils, in diestrus and metestrus respectively was found. Estrus was detected by the presence of spermatozoa in the control group. By histology, greater proliferation of the vaginal epithelium in proestrus was observed. We conclude that the estrous cycle of G. spixii lasts 15.8 ± 1.4 days and that the vaginal closure membrane develops until complete occlusion of the vaginal ostium, breaking after few days. Future studies may reveal the importance of this fact for the reproductive success of this animal.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Santos A.C., Viana D.C., Bertassoli B.M., Oliveira G.B., Oliveira D.M., Bezerra F.V.F., Oliveira M.F. & Assis-Neto A.C. 2015. Characterization of the estrous cycle in Galea spixii (Wagler, 1831). [Caracterização do ciclo estral de Galea spixii (Wagler, 1831).] Pesquisa Veterinária Brasileira 35(1):89-94. Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, São Paulo, SP 05508-030, Brazil. E-mail: antonioassis@usp.br
Os Galea spixii habitam a vegetação semiárida da Caatinga, no Nordeste brasileiro. Eles são criados em cativeiro para realização de pesquisas relacionadas a biologia da reprodução. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o ciclo estral de G. spixii para obtenção de informações que melhorem o conhecimento do manejo reprodutivo da espécie em cativeiro. O ciclo estral foi monitorado por citologia esfoliativa vaginal em doze fêmeas adultas. Após a detecção de dois ciclos completos em cada animal, os mesmos foram eutanasiados. Em seguida foi realizado estudo histológico do epitélio vaginal com três fêmeas em cada fase do ciclo estral; cinco foram pareadas com machos para realização do grupo controle e outras três fêmeas foram utilizadas para monitorar a formação e ruptura da membrana de oclusão vaginal. Através de citologia esfoliativa vaginal, constatou-se predomínio de células superficiais em estro, células intermediárias grandes em proestro, células intermediárias pequenas e células parabasais com presença de neutrófilos em diestro e metaestro, respectivamente. O estro foi detectado pela presença de espermatozoides no grupo controle. Através de histologia, observou-se uma maior proliferação no epitélio vaginal no proestro. Concluiu-se que o ciclo estral de G. spixii dura em média 15.8 ± 1.4 dias e a membrana de oclusão vaginal se desenvolve até completa oclusão do óstio vaginal externo, rompendo-se em poucos dias. Futuros estudos podem revelar a importância deste último fato para o sucesso reprodutivo deste animal.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Batista J.S., Olinda R.G., Rodrigues C.M.F., Silva T.M.F., Vale R.G., Viana G.A., Oliveira A.F. & Oliveira M.F. 2014. Postmortem findings in collared peccaries raised in captivity in northeastern Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(11):1101-1108. Laboratório de Patologia Veterinária, Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semiárido, BR-110 Km 47, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: jaelsoares@hotmail.com
This study is a retrospective examination of diseases in collared peccaries that were diagnosed by the Veterinary Pathology Laboratory, Universidade Federal Rural do Semiárido. Necropsy and histological examination were performed from 2005 to 2010. Of the 50 necropsied collared peccaries, 24% died due to restraint and capture myopathy; 18% died from trauma; and the remainder was diagnosed with splenic hemangioma (6%), enterolithiasis (6%), gastritis (6%), gastric ulcer (4%), intestinal volvulus (4%), gastric volvulus (2%), mammary carcinoma (2%), polycystic kidney disease (2%), pyometra (2%), and suppurative bronchopneumonia (2%). Twelve animals remained undiagnosed, seven of which (14%) were in advanced autolytic condition and five of which (10%) had no gross or microscopic lesions that were compatible with disease. This paper describes illnesses that have not been reported in the collared peccary, focusing on their clinical and pathological aspects.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Batista J.S., Olinda R.G., Rodrigues C.M.F., Silva T.M.F., Vale R.G., Viana G.A., Oliveira A.F. & Oliveira M.F. 2014. Postmortem findings in collared peccaries raised in captivity in northeastern Brazil. [Achados post-mortem em catetos criados em cativeiro no Nordeste do Brasil.] Pesquisa Veterinária Brasileira 34(11):1101-1108. Laboratório de Patologia Veterinária, Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semiárido, BR-110 Km 47, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: jaelsoares@hotmail.com
Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo retrospectivo sobre as doenças de catetos diagnosticadas pelo Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, através do exame de necropsia e histológico no período de 2005 a 2010. Dos 50 catetos submetidos à necropsia, as percentagens das enfermidades diagnosticadas foram: miopatia por captura e contenção (24%), morte por traumas (18%), hemangioma do baço (6%), enterolitíase (6%), gastrite (6%), úlcera gástrica (4%), vólvulo intestinal (4%), vólvulo gástrico (2%), carcinoma mamário (2%), doença renal policística (2%), piometra (2%) e broncopneumonia supurativa (2%). Onze (22%) animais permaneceram sem diagnóstico, dos quais sete (10%) apresentavam avançado estado autolítico e cinco (14%) não foram observadas lesões macroscópicas e microscópicas compatíveis com nenhuma enfermidade. Este estudo apresenta relatos de doenças ainda não descritas em catetos, com enfoque nos aspectos clínicos e patológicos.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Maia K.M., Peixoto G.C.X., Campos L.B., Bezerra J.A.B., Ricarte A.R.F., Moreira N., Oliveira M.F. & Silva A.R. 2014. Estrus cycle monitoring of captive collared peccaries (Pecari tajacu) in semiarid conditions. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(11):1115-1120. Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: legio2000@yahoo.com
Collared peccaries (Peccary tajacu) are among the most hunted species in Latin America due the appreciation of their pelt and meat. In order to optimize breeding management of captive born collared peccaries in semiarid conditions, the objective was to describe and correlate the changes in the ovarian ultrasonographic pattern, hormonal profile, vulvar appearance, and vaginal cytology during the estrus cycle in this species. During 45 days, females (n=4) were subjected each three days to blood collection destined to hormonal dosage by enzyme immunoassay (EIA). In the same occasions, evaluation of external genitalia, ovarian ultrasonography and vaginal cytology were conducted. Results are presented as means and standard deviations. According to hormonal dosage, six estrous cycles were identified as lasting 21.0 ± 5.7 days, being on average 6 days for the estrogenic phase and 15 days for the progesterone phase. Estrogen presented mean peak values of 55.6 ± 20.5 pg/mL. During the luteal phase, the high values for progesterone were 35.3 ± 4.4 ng/mL. The presence of vaginal mucus, a reddish vaginal mucosa and the separation of the vulvar lips were verified in all animals during the estrogenic peak. Through ultrasonography, ovarian follicles measuring 0.2±0.1 cm were visualized during the estrogen peak. Corpora lutea presented hyperechoic regions measuring 0.4±0.2 cm identified during luteal phase. No significant differences (P>0.05) between proportions of vaginal epithelial cells were identified when comparing estrogenic and progesterone phases. In conclusion, female collared peccaries, captive born in semiarid conditions, have an estral cycle that lasts 21.0±5.7 days, with estrous signs characterized by vulvar lips edema and hyperemic vaginal mucosa, coinciding with developed follicles and high estrogen levels.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Maia K.M., Peixoto G.C.X., Campos L.B., Bezerra J.A.B., Ricarte A.R.F., Moreira N., Oliveira M.F. & Silva A.R. 2014. Estrus cycle monitoring of captive collared peccaries (Pecari tajacu) in semiarid conditions. [Monitoramento de ciclo estral em catetos (Pecari tajacu) criados em cativeiro em condições semiáridas.] Pesquisa Veterinária Brasileira 34(11):1115-1120. Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: legio2000@yahoo.com
Os catetos (Peccary tajacu) estão entre as espécies mais caçadas na América Latina devido a apreciação de seu couro e carne. No intuito de otimizar o manejo produtivo de catetos nascidos em cativeiro sob condições semiáridas, o objetivo foi descrever e correlacionar as modificações verificadas no padrão ultrassonográfico ovariano, o perfil hormonal, a aparência vulvar, e a citologia vaginal durante o ciclo estral nesta espécie. Durante 45 dias, fêmeas (n=4) foram submetidas a coleta de sangue destinado a dosagem hormonal por meio de teste imuno-enzimático (EIA). Na mesma ocasião, foram conduzidas a avaliação da genitália externa, a ultrassonografia ovariana e a citologia vaginal. Os resultados são apresentados com média e desvio padrão De acordo com a dosagem hormonal, foram identificados seis ciclos estrais, com duração 21,0±5,7 dias, sendo em média 6 dias de fase estrogênica e 15 dias de fase progesterônica. O estrógeno apresentou valores médios de pico de 55,6±20,5pg/mL. Durante a fase luteal, os valores mais altos alcançados pela progesterona foram 35,3±4,4ng/mL. A presença de muco vaginal, mucosa vaginal hiperêmica e separação dos lábios vulvares foi identificada em todos os animais durante o pique estrogênico. Por meio da ultrassonografia, folículos ovarianos medindo 0,2±0,1cm foram visualizados durante o pique estrogênico. Corpos lúteos apresentando regiões hiperecóicas medindo 0,4±0,2 cm foram identificados na fase luteal. Nenhuma diferença significativa (P>0,05) entre as proporções de células epiteliais vaginais foram identificadas quando comparadas as fases estrogênica e progesterônica. Em conclusão, fêmeas de cateto, nascidas em cativeiro sob condições semiáridas, apresentam um ciclo estral que dura 21,0±5,7 dias, com sinais de estro caracterizados por edema de lábios vulvares e hiperemia da mucosa vaginal, coincidindo com desenvolvimento de folículos ovarianos e elevados níveis de estrógeno.
Abstract in English:
ABSTRACT.- D’Angelis F.H.F., Ferraz G.C., Santos E.B., Steque M.F.L., Feringer-Junior W.H. & Queiroz-Neto A. 2014. Standardization of metachromatic staining method of myofibrillar ATPase activity of myosin to skeletal striated muscle of mules and donkeys. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(9):917-922. Laboratório de Farmacologia e Fisiologia do Exercício Equino, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brazil. E-mail: floradan@ig.com.br
This study aims at standardizing the pre-incubation and incubation pH and temperature used in the metachromatic staining method of myofibrillar ATPase activity of myosin (mATPase) used for asses and mules. Twenty four donkeys and 10 mules, seven females and three males, were used in the study. From each animal, fragments from the Gluteus medius muscle were collected and percutaneous muscle biopsy was performed using a 6.0-mm Bergström-type needle. In addition to the metachromatic staining method of mATPase, the technique of nicotinamide adenine dinucleotide tetrazolium reductase (NADH-TR) was also performed to confirm the histochemical data. The histochemical result of mATPase for acidic pre-incubation (pH=4.50) and alkaline incubation (pH=10.50), at a temperature of 37oC, yielded the best differentiation of fibers stained with toluidine blue. Muscle fibers were identified according to the following colors: type I (oxidative, light blue), type IIA (oxidative-glycolytic, intermediate blue) and type IIX (glycolytic, dark blue). There are no reports in the literature regarding the characterization and distribution of different types of muscle fibers used by donkeys and mules when performing traction work, cargo transportation, endurance sports (horseback riding) and marching competitions. Therefore, this study is the first report on the standardization of the mATPase technique for donkeys and mules.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- D’Angelis F.H.F., Ferraz G.C., Santos E.B., Steque M.F.L., Feringer-Junior W.H. & Queiroz-Neto A. 2014. Standardization of metachromatic staining method of myofibrillar ATPase activity of myosin to skeletal striated muscle of mules and donkeys. [Padronização do método de coloração metacromático da atividade da miosina ATPase miofibrilar para músculo estriado esquelético de muares e asininos.] Pesquisa Veterinária Brasileira 34(9):917-922. Laboratório de Farmacologia e Fisiologia do Exercício Equino, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brazil. E-mail: floradan@ig.com.br
O presente estudo objetivou padronizar o pH e a temperatura da pré-incubação e incubação do método de coloração metacromática de myofibrillar atividade ATPase da miosina (mATPase) utilizada para asininos e muares. Vinte e quatro jumentos e 10 muares, sete machos e três fêmeas, foram usados no estudo. De cada animal, fragmentos do músculo Gluteus medius foram coletados e biópsia muscular percutânea foi realizada por meio de uma agulha Bergström tipo de 6,0 mm. Em adição ao método de coloração metacromática de mATPase, a técnica de nicotinamida adenina dinucleótido tetrazólio redutase (NADH-TR) foi também realizada para confirmar os dados histoquímicos. O resultado histoquímico da mATPase por pré-incubação ácida (pH=4,50) e incubação alcalina (pH=10,50), a uma temperatura de 37oC, foi o que proporcionou a melhor diferenciação das fibras coradas com azul de toluidina. As fibras musculares foram identificadas de acordo com as seguintes cores: tipo I (oxidativa, azul claro), tipo IIA (oxidativo-glicolítico, azul intermediário) e tipo IIX (glycolytic, azul escuro). Na literatura, não foram encontradas publicações pertinentes à caracterização e distribuição dos diferentes tipos de fibras musculares utilizadas pelos asininos e muares nos trabalhos de tração, no transporte de cargas, em provas esportivas de resistência (cavalgadas) e concursos de marcha. Dessa forma, essa pesquisa é o primeiro relato sobre padronização da técnica de mATPase para muares e asininos.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Lemos A.J.J.M., Silva F.C.A., Melo I.M.F., Silva-Junior V.A., Teixeira A.A.C. & Wanderley-Teixeira V. 2014. [Placental morphometry and histochemistry in rats treated with dexamethasone in early pregnancy.] Histoquímica e morfometria da placenta de ratas tratadas com dexametasona. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(7):703-708. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Bairro Dois Irmãos, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: valeria@dmfa.ufrpe.br
The dexamethasone, a synthetic glucocorticoid, has the ability to cross the placenta by increasing the level of movement of corticosteroids from mother to fetus during pregnancy. When administered in the late stages of pregnancy can produce effects undesirable on placental formation. The present study aimed to investigate the effect of administration of dexamethasone (0.8mg/day/animal) in the first five days of pregnancy, on placental development in rats. We used 30 albino rats, divided into two groups: Group I - pregnant rats without the application of dexamethasone, sacrificed to the 7th and 14th day. Group II - rats subjected to the application of dexamethasone in the first five days of pregnancy, sacrificed to the 7th and 14th day. The results showed that dexamethasone did not affect the number and histology of the implantation sites, but promoted changes in the disk placental causing hypertrophy in trophoblastic giant cell layer. No changes were found in the content of collagen, but there was interference with the metabolism of glycogen in spongiotrophoblast. The morphometry of lines showed, a difference between groups in the region of labyrinth and trophoblast giant cell. However, in morphometry of points there was a difference between groups in the region of labyrinth.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Lemos A.J.J.M., Silva F.C.A., Melo I.M.F., Silva-Junior V.A., Teixeira A.A.C. & Wanderley-Teixeira V. 2014. [Placental morphometry and histochemistry in rats treated with dexamethasone in early pregnancy.] Histoquímica e morfometria da placenta de ratas tratadas com dexametasona. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(7):703-708. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Bairro Dois Irmãos, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: valeria@dmfa.ufrpe.br
A dexametasona, um glicocorticóide sintético, tem a capacidade de atravessar a placenta aumentando o nível de circulação de corticosteróides da mãe para o feto durante a prenhez. Quando administrada nas fases finais da prenhez pode produzir efeitos indesejáveis na formação da placenta e em vários órgãos da prole. Assim, o presente estudo objetivou investigar o efeito da administração da dexametasona (0,8mg/dia/animal) nos cinco primeiros dias da prenhez, sobre o desenvolvimento placentário de ratas. Utilizou-se 30 ratas albinas, divididas em dois grupos: Grupo I - ratas prenhes sem aplicação de dexametasona, sacrificadas ao 7o e 14o dia; Grupo II - ratas submetidas à aplicação de dexametasona nos cinco primeiros dias de prenhez, sacrificadas ao 7o e 14o dia. Os resultados mostraram que a dexametasona não afetou o número e a histologia dos sítios de implantação, porém, promoveu alteração no disco placentário ocasionando hipertrofia na camada de células trofoblásticas gigantes. Não foram evidenciadas alterações no teor de colágeno, porém houve interferência no metabolismo do glicogênio no espongiotrofoblasto trofospongio. Na morfometria de linhas houve diferença entre os grupos na região de labirinto e células trofoblásticas gigantes, porém a morfometria de pontos só ratificou as alterações percebidas na região do labirinto.