Ano 2011 - Volume 31, Número 5


Título
Leucoencefalomalacia equina devida a fumonisinas B1 e B2 na Argentina, 31(5):407-412
Autores

Resumo
RESUMO.- Giannitti F., Diab S.S., Pacin A.M., Barrandeguy M., Larrere C., Ortega J. & Uzal F.A. 2011. Equine leukoencephalomalacia (ELEM) due to fumonisins B1 and B2 in Argentina. [Leucoencefalomalacia equina devida a fumonisinas B1 e B2 na Argentina.] Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):407-412. Laboratorio de Diagnóstico Veterinario, calle 25 de Mayo 139, Bahía Blanca (8000), Buenos Aires, Argentina. E-mail: fgiannitti@yahoo.com

Em agosto de 2007, ocorreu um surto de doença neurológica e morte súbita em cavalos árabes em uma propriedade localizada no município de Coronel Rosales, na província de Buenos Aires, Argentina. Os animais estavam em pasto nativo e eram suplementados ad libitum com grãos de milho e farelo de trigo. Três cavalos foram observados com sinais neurológicos agudos, incluindo cegueira, ataxia nas quatro pernas, hiperexcitabilidade, e andar sem rumo e em círculo, seguidos de morte em dois animais. Outros quatro cavalos foram encontrados mortos durante a noite sem histórico de distúrbios neurológicos. A mortalidade, morbidade e letalidade foram de 11,6%, 10% e 85,7%, respectivamente. Macroscopicamente, o cérebro tinha áreas focais de hemorragia, coloração amarelada e amolecimento da substância branca sub-cortical. Microscopicamente, as lesões cerebrais consistiram de extensas áreas de malácia na substância branca dos hemisférios cerebrais, do tronco encefálico e do cerebelo. Estas lesões da substância branca se caracterizaram por rarefação, cavidades contendo fluido proteináceo (edema), hemorragias multifocais e moderado infiltrado por neutrófilos e raros eosinófilos. Células gliais tumefeitas com abundante citoplasma eosinifílico, limites celulares evidentes, globules citoplasmáticos eosinofílicos, e núcleo excéntrico, hipercromático e ocasionalmente picnótico foram observadas nas areas de rarefacção, edema, hemorragias e necrose. Os suplementos alimentares continham 12.490µg/kg de fumonisina B1 e 5.251µg/kg de fumonisina B2. Este é o primeiro surto reportado na Argentina de leucoencefalomalácia equina associado ao consumo de suplementos alimentares contendo altas concentrações de fumonisinas.
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