Ano 2002 - Volume 22, Número 3


Título
Dípteros fanídeos vetores de ovos de Dermatobia hominis em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 22(3):114-118
Autores

Resumo
RESUMO.- Gomes P.R., Koller W.W., Gomes A., Carvalho C.J.B. & Zorzatto J.R. 2002. [Fanniid diptera vectors of Dermatobia hominis eggs in Campo Grande, MS, Brazil.] Dípteros fanídeos de ovos de Dermatobia hominis em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 22 (3):114-118. Laboratório de Ectoparasitologia, Embrapa Gado de Corte, BR 262 Km 4, Cx. Postal 154, Campo Grande, MS 79002-970, Brazil.


Determinou-se a importância epidemiológica de dípteros Fanniidae na infestação de mosca-do-berne, por meio da identificação das espécies presentes, da determinação daquelas utilizadas por Dermatobia hominis na veiculação de seus ovos, bem como, pelo conhecimento da dinâmica populacional das espécies mais abundantes. Foram utilizadas cinco armadilhas iscadas com fígado bovino cru deteriorado e colocadas em uma mata ciliar margeada por uma área de pastagem com presença constante de bovinos. O estudo foi desenvolvido em uma área da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, localizada a 20°27‘S e 54°37’W. A captura dos insetos foi realizada semanalmente durante o período de 09/08/1999 a 03/08/2000. Foi capturado um total de 40.629 moscas da família Fanniidae, pertencendo a cinco espécies do gênero Fannia: E pusio, E heydenii, E bahiensis e F. longipila, e uma a ser identificada. A espécie mais freqüente foi E pusio, com 63,20% do total capturado, seguida de E heydenii, com 28,82%. Somente 0,44% do total de femeas de E heydenii (45 exemplares) capturadas, principalmente nos meses de agosto e setembro, portavam ovos de D. hominis e o número médio, por indivíduo, foi de 15,98±7,13. Observaram-se ovos de D. hominis apenas na região abdominal dos vetores. F. heydenii predominou no período seco (maio a setembro) e início do período chuvoso do ano (outubro e novembro). O número de exemplares portando ovos de D. hominis foi maior no final do período seco do ano, o que explica a alta incidência deste parasito em bovinos nos meses de setembro e outubro.
Download / Visualização
  
 
Colégio Brasileiro de Patologia Animal CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ISI Web of Knowledge SciELO - Scientific Electronic Library Online Banco de Dados Bibliográficos da USP UnB - Universidade de Brasília UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro CFMV - Conselho Federal de Medicina Veterinária