Ano 2019 - Volume 39, Número 4


Título
Morfometria do forame mandibular aplicada à anestesia local em raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), 39(4):278-285
Autores

Resumo
RESUMO.- Magalhães H.I.R., Romão F.B., Paula Y.H., Luz M.M., Barcelos J.B., Silva Z., Carvalho Barros R.A. & Ribeiro L.A. 2019. Morphometry of the mandibular foramen applied to local anesthesia in hoary fox (Lycalopex vetulus). Pesquisa Veterinária Brasileira 39(4):278-285. [Morfometria do forame mandibular aplicada à anestesia local em raposa-do-campo (Lycalopex vetulus).] Laboratório de Anatomia Animal, Faculdade de Medicina Veterinária, Centro Universitário de Patos de Minas, Rua Major Gote 808, Caiçaras, Patos de Minas, MG 38702-054, Brazil. E-mail: henrique123magalhaes@yahoo.com.br


A maior parte dos atendimentos veterinários em carnívoros silvestres destina-se ao tratamento das afecções dentárias, sendo que doenças de cavidade oral podem afetar a saúde do animal como um todo. É factível que o conhecimento da localização do forame mandibular é essencial para o bloqueio anestésico local do nervo alveolar inferior, entretanto, ainda são inexistentes dados sobre a morfometria do forame mandibular de raposa-do-campo. Objetivou-se descrever a morfometria do forame mandibular desta espécie, e correlacionar sua posição com pontos de referência anatômica na mandíbula, oferecendo subsídio para um bloqueio anestésico local mais efetivo do nervo alveolar inferior nesta espécie. Foram utilizadas quatro mandíbulas de cadáveres adultos de Lycalopex vetulus. Realizou-se a radiografia e as biometrias das hemimandíbulas. O terço rostral do corpo da mandíbula em uma vista lateral apresentou três forames mentuais, sendo um rostral, um médio e um caudal. Cada hemimandíbula apresentou I3/C1/PM4/M3. O ângulo da mandíbula foi marcado pela fossa massetérica, pela incisura angular, pelo processo angular e pelo forame mandibular, e este último localizado perpendicularmente ao extremo dorsal da incisura angular em vista medial. Nesta vista, também se evidenciou o sulco para o nervo milohióideo, projetado em sentido caudodorsorostral. O ramo da mandíbula foi caracterizado pela presença dos processos condilar e coronóide, e pelas incisuras mandibulares dorsal e ventral. As análises estatísticas não apresentaram diferenças significantes entre os antímeros dos animais estudados, podendo-se indicar a penetração da agulha perpendicularmente ao extremo dorsal da incisura angular em média 8,79mm, justaposto à face medial do ângulo da mandíbula. Alternativamente, o acesso também poderá ser realizado introduzindo a agulha em média 17,69mm de forma perpendicular ao extremo dorsal do processo angular, em contato com a face medial do ângulo da mandíbula, e em projeção caudorostral, permitindo também um melhor bloqueio anestésico do nervo alveolar inferior na L. vetulus. Também se pode concluir que a fossa massetérica, as incisuras angular, mandibulares dorsal e ventral, o sulco para o nervo milohióideo, o ramo da mandíbula e o forame mandibular apresentaram diferenças em suas descrições topográficas quando comparados aos demais canídeos.
Download / Visualização
  
 
Colégio Brasileiro de Patologia Animal CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ISI Web of Knowledge SciELO - Scientific Electronic Library Online Banco de Dados Bibliográficos da USP UnB - Universidade de Brasília UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro CFMV - Conselho Federal de Medicina Veterinária