Ano 2019 - Volume 39, Número 3


Título
Relação proteína-creatinina-urinária no diagnóstico precoce de lesão renal em cadelas com piometra, 39(3):186-191
Autores

Resumo
RESUMO.- Sant’Anna M.C., Martins G.F., Flaiban K.K.M.C., Trautwein L.G.C. & Martins M.I.M. 2019. Protein-to-creatinine urinary in the early diagnosis of renal injury in canine pyometra. Pesquisa Veterinária Brasileira 39(3):186-191. Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina, Rodovia Celso Garcia Cid, Londrina, PR 86061-900, Brazil. E-mail: imartins@uel.br

A doença renal que afeta cadelas com piometra pode levar a insuficiência renal crônica mesmo após o tratamento. Portanto, vários estudos procuraram esclarecer as lacunas na compreensão da patogênese da lesão renal na piometra. A identificação de marcadores de lesão renal precoce, que podem prever e identificar o prognóstico da doença é muito importante. A análise da proteinúria pode diagnosticar lesão renal, uma vez que proteínas como a albumina não são filtradas através do glomérulo e aquelas que sofrem filtração glomerular são quase completamente reabsorvidas pelas células tubulares. O objetivo deste estudo foi avaliar se a relação proteína-creatinina urinária (UPC) pode detectar lesão renal em cadelas com piometra antes do desenvolvimento de azotemia. Para isso, 44 cadelas com piometra foram divididas em dois grupos: cadelas com piometra azotêmica (A, n=15, creatinina >1,7) e cadelas com piometra não azotêmica (NA, n=29). Os dois grupos foram comparados ao grupo controle (CG, n=12), que não apresentaram sinais de doença sistêmica. Todos os animais foram submetidos a exames de sangue e urina. A leucocitose foi mais evidente nas cadelas do grupo A do que nos outros grupos. Isso mostra que a resposta inflamatória pode estar associada à patogênese da lesão renal. A mediana da UPC em cadelas com piometra foi significativamente maior que no CG, com uma mediana acima dos valores de referência. Em conclusão, a UPC pode ser usada em cadelas com piometra para detectar lesões renais antes do desenvolvimento de azotemia. Sugeriu-se que a UPC de cadelas com piometra deve ser acompanhada durante o pós-operatório, de modo que as lesões renais permanentes secundárias à piometra possam ser diagnosticadas e tratadas adequadamente antes do desenvolvimento de azotemia.
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