Ano 2018 - Volume 38, Número 12


Título
Sanidade da glândula mamária de ovelhas Santa Inês na secagem e no puerpério e avaliação da terapia intramamária com gentamicina na secagem, 38(12):2194-2200
Autores

Resumo
RESUMO.- Pereira P.F.V., Reway A.P., Félix A., Beutemmüller E.A., Pretto-Giordano L.G., Alfieri A.A., Lisbôa J.A.N. & Müller E.E. 2018. Mammary gland health of Santa Inês ewes at the drying and puerperium and evaluation of a dry-off therapy with gentamicin. [Sanidade da glândula mamária de ovelhas Santa Inês na secagem e no puerpério e avaliação da terapia intramamária com gentamicina na secagem.]Pesquisa Veterinária Brasileira 38(12):2194-2200. Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina, Rodovia Celso Garcia Cid PR-445 Km 380, Campus Universitário, Londrina, PR 86057-970, Brazil. E-mail: pri_fajardo@yahoo.com.br

A mastite é um problema sanitário importante em ovelhas da raça Santa Inês, ocasionando prejuízo ao produtor em virtude do descarte de matrizes e da queda no ganho de peso dos cordeiros. O objetivo deste trabalho foi avaliar a saúde da glândula mamária de ovelhas da raça Santa Inês na secagem e no puerpério e pesquisar a eficácia da terapia intramamária com gentamicina na secagem. Sessenta e quatro ovelhas foram divididas em grupos controle (GC) e tratamento (GT), cada um contendo 32 animais, e a saúde da glândula mamária avaliada na secagem e no puerpério. As ovelhas do GT receberam 250mg de gentamicina (Gentocin® Mastite Vaca Seca/ Schering-Plough Veterinária, produto indicado pela empresa para utilização em vacas de leite) em cada metade mamária. Para o diagnóstico, foram realizados exame físico da glândula mamária, California Mastitis Test, contagem de células somáticas e cultura do leite. No GC, das 45 (70,3%) metades mamárias sadias na secagem, 12 desenvolveram mastite subclínica e nove mastite clínica no puerpério. No GT, das 51 (79,7%) metades mamárias sadias na secagem, seis desenvolveram mastite subclínica e 11 mastite clínica no puerpério. Não houve associação entre o tratamento e a ocorrência de mastite no puerpério. Das 19 (29,7%) metades mamárias do GC que apresentaram mastite subclínica na secagem, três permaneceram com mastite subclínica e cinco desenvolveram mastite clínica no puerpério. No GT, das 13 (20,3%) metades mamárias com mastite subclínica na secagem, quatro permaneceram com mastite subclínica e quatro desenvolveram mastite clínica. Não houve associação entre o tratamento e a cura ou persistência da mastite no puerpério. Os principais micro-organismos isolados, na secagem e puerpério, de animais com mastite subclínica ou clínica foram Staphylococcus spp., com predominância de Staphylococcus Coagulase Negativa (SCN). No puerpério, ocorreram 29 casos de mastite clínica, sendo 19 com isolamento, 10 com SCN e seis com S. aureus. Mannheimia haemolytica foi isolado em um caso de mastite subclínica e um caso de mastite clínica. Novos protocolos e diferentes formas de manejo na secagem e no puerpério devem ser pesquisados
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