Ano 2018 - Volume 38, Número 9


Título
Bem-estar em equinos do Jockey Club do Paraná: indicadores clínicos, etológicos e ritmo circadiano do cortisol, 38(9):1720-1725
Autores

Resumo
RESUMO.- Gontijo L.A., Cassou F., Duarte P.C., Lago L.A., Alves G.E.S., Melo M.M. & Faleiros R.R. 2018. [Welfare in horses of the Jockey Club Paraná: clinic ethologic indicators and circadian rhythm of cortisol.] Bem-estar em equinos do Jockey Club do Paraná: indicadores clínicos, etológicos e ritmo circadiano do cortisol. Pesquisa Veterinária Brasileira 38(9):1720-1725. Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Presidente Antônio Carlos 6627, Cx. Postal 567, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: faleirosufmg@gmail.com

Com o objetivo de estudar parâmetros indicativos de bem-estar, 30 equinos de corrida foram avaliados quanto ao temperamento, comportamento, parâmetros clínicos (condição geral, escoriações, escore corporal, cólicas no último ano, frequências cardíaca e respiratória) e níveis de cortisol plasmático (matutino, vespertino e ritmo circadiano). Todos os animais apresentaram boas condições físicas gerais, parâmetros clínicos normais para a espécie e não tiveram cólica no ano anterior ao estudo, demonstrando a preocupação dos tratadores com a saúde física dos animais. Contudo, 36,7% dos animais estudados apresentavam estereotipias. Apesar da alta incidência de indivíduos com ritmo circadiano do cortisol (RCC) alterado dentro do grupo de animais com comportamentos anormais (63,64%), não foi encontrada diferença estatística (P>0,05) quando comparado com a incidência do grupo de animais sem estereotipia (31,58%). Quatro animais com estereotipia portavam dispositivos para restringir a expressão de anomalias. Desses, todos apresentaram RCC alterado, permitindo demonstrar que equinos restringidos fisicamente de realizar sua estereotipia apresentam 18 vezes mais chances de ter alteração no RCC do que um animal de comportamento normal. Conclui-se que os equinos do Jockey Club do Paraná, apesar de apresentarem condições físicas satisfatórias comparados a estudos nacionais anteriores, possuíam alterações comportamentais e de função adrenocortical compatíveis com estresse crônico. Os achados também corroboram noções prévias de que a estereotipia é uma forma de tentar aliviar o estresse crônico em equinos, e que o uso de meios físicos para restringir sua manifestação aumenta a chance de distúrbios no metabolismo do cortisol.
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