Ano 2018 - Volume 38, Número 7


Título
Complicações anestésicas em cães diabéticos submetidos a facoemulsificação, 38(7):1423-1430
Autores

Resumo
RESUMO. - Pacheco P.F., Galeazzi V.S., Patrício G.C.F., Flôr P.B., Safatle A.V. & Cortopassi S.R.G. 2018. Anesthetic complications in diabetic dogs subjected to phacoemulsification. [Complicações anestésicas em cães diabéticos submetidos a facoemulsificação.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(7):1423-1430. Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zooctenia, Universidade de São Paulo, Avenida Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: paulafink@usp.br


O objetivo do presente estudo foi comparar a incidência de complicações anestésicas em cães diabéticos e não diabéticos submetidos a cirurgia de facoemulsificação. Foram utilizados 30 cães, machos ou fêmeas de diversas raças. Os cães foram distribuídos em dois grupos: diabético (GD) (n=15) e controle (GC) (n=15). Os animais foram pré-tratados com acepromazina (0,03mg/kg) e meperidina (4mg/kg), pela via intramuscular. Após 20 minutos, a indução foi realizada com propofol (2 a 5mg/kg) e a manutenção da anestesia com isofluorano. Os animais foram monitorados e as variáveis de frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação oxihemoglobina periférica, concentração dióxido de carbono no final da expiração, fração inspirada e expirada de isofluorano e pressão arterial invasiva, foram registradas em intervalos de 10 minutos durante o procedimento cirúrgico. A hemogasometria arterial foi realizada após a indução (T0) e ao final do procedimento cirúrgico (T40). A idade dos animais do grupo diabético (10±2 anos) foi superior em relação aos animais do grupo controle (6±2 anos) (p<0,0001). A concentração expirada de isofluorano após a indução foi 30% superior nos animais do grupo controle (GC 1,3±0,3%, GD 1,0±0,2%) (p<0,01). A complicação anestésica mais comum foi a hipotensão arterial, 80% dos animais diabéticos (n=12) apresentaram pressão arterial média inferior a 60mmHg (54±9.6 mmHg) após indução anestésica; 83% dos cães hipotensos (n=10) necessitaram de fármacos vasoativos para tratamento da hipotensão. Com relação às alterações hemodinâmicas, os pacientes diabéticos submetidos à anestesia geral foram mais propensos à hipotensão arterial que pode ser decorrente da resposta dos animais mais velhos aos fármacos empregados; entretanto essa alteração merece maior investigação.
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