Ano 2018 - Volume 38, Número 6


Título
Indicadores hematológicos e bioquímicos de maturidade em potros e relação com suas características placentárias, 38(6):1232-1238
Autores

Resumo
RESUMO.- Feijó L.S., Curcio B.R., Pazinato F.M., Almeida B.A., Moraes B.S.S., Borba L.A. & Feijó J.O. & Nogueira C.E.W. 2018. Hematological and biochemical indicators of maturity in foals and their relation to the placental features. [Indicadores hematológicos e bioquímicos de maturidade em potros e relação com suas características placentárias.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(6):1232-1238. Departamento de Clínica Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário, Capão do Leão, RS 96160-000, Brazil. E-mail: curciobruna@hotmail.com

A saúde do neonato está diretamente relacionada às condições gestacionais e eficiência placentária. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar parâmetros hematológicos e bioquímicos de potros nascidos de éguas com placentite ao nascimento e com 24h de vida e (2) verificar se a patologia placentária exerceu influência no grau de maturidade através da resposta hemato-bioquímica destes neonatos. De acordo com os resultados histopatológicos placentários (controle e placentite) e grau de maturidade neonatal (maturo e imaturo), os potros foram divididos em três grupos: grupo controle (n=22); e potros nascidos de éguas com placentite classificados como (2) maturos (n=26) e (3) imaturos (n=10). Foi avaliado hematócrito e concentrações sanguíneas de fibrinogênio, proteína plasmática total, leucócitos totais, lactato, glicose, creatinina, uréia, albumina, bilirrubinas, triglicerídeos, colesterol, cálcio, fósforo, magnésio, aspartato aminotransferase (AST), creatina quinase (CK), fosfatase alcalina (FA) e gama glutamiltranferase (GGT). As características placentárias foram significativamente diferentes entre os graus de maturidade neonatal (P=0.001). Éguas com placentite aguda produziram mais potros imaturos (n=8/10; 80%). No nascimento, os potros imaturos apresentaram maiores concentrações de fibrinogênio (P=0,003), creatinina (P=0,021), colesterol total (P=0,0014), AST (P=0,001), GGT (P=0,002), bilirrubina indireta (P=0,010) e total (P=0,001) e menor concentração de albumina (P=0,002). Os potros nascidos de éguas com placentite apresentaram hiperlactatemia com 24h de vida (P=0,002). A placentite aguda exerceu influência na maturidade neonatal, permitindo uma maturação fetal acelerada, porém, incompleta. Mensurações dos níveis sanguíneos de lactato, fibrinogênio, creatinina, colesterol total, AST, GGT, bilirrubinas e albumina, associado à avaliação clínica, física e comportamental, podem contribuir como indicadores de maturidade neonatal.
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