Ano 2018 - Volume 38, Número 6


Título
Ocorrência e fatores de risco associados à infecção por lentivírus de pequenos ruminantes no Estado de Sergipe, 38(6):1043-1050
Autores

Resumo
RESUMO.- Rizzo H., Jesus T.K.S., Castro R.S., Pinheiro Júnior J.W., Soares L.L.S., Oliveira C.C.M., Nascimento S.A. & Silva T.R. 2018. [Occorrence and risk factors associated with small ruminant lentivirus infection in the State of Sergipe, Brazil.] Ocorrência e fatores de risco associados à infecção por lentivírus de pequenos ruminantes no Estado de Sergipe. Pesquisa Veterinária Brasileira 38(6):1043-1050. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: hubervet@gmail.com

Os lentiviros de pequenos ruminantes (LVPR) são responsáveis por enfermidades infecciosas e multissistêmicas causadas pelo Vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAEV) e o Vírus da Maedi-Visna (MVV), e se apresentam sob as formas clínicas: articular, mamária, respiratória e nervosa. Desta forma esse trabalho objetivou determinar a ocorrência e avaliar os fatores de risco associados à infecção por LVPR no Estado de Sergipe, Brasil. Foram coletadas amostras sanguíneas de 1200 ovinos e 675 caprinos oriundos respectivamente de 60 e 41 propriedades localizadas em 25 municípios sergipanos no período de 2011 a 2014. Os diagnósticos dos LVPR foram determinados pela técnica sorológica de Imunodifusão em Gel Ágar (IDGA) usando o kit comercial da marca Biovetech. Os dados das variáveis associadas aos fatores de risco foram obtidos a partir de questionários aplicados aos proprietários dos rebanhos e analisados estatisticamente. As frequências absolutas e relativas foram determinadas por análise estatística descritiva e os fatores de risco por análise univariada das variáveis de interesse pelo Teste de Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, quando necessário, e em seguida submetidos à análise de regressão logística. Foi evidenciada uma soropositividade de 5,03% (34/675) em caprinos e 1,50% em ovinos com 26,82% (11/41) e 28,33% (17/60) das propriedades apresentando ao menos um animal positivo respectivamente. Na análise dos fatores de risco, não foram observadas diferenças significantes para os ovinos, enquanto que, para os caprinos, rebanhos acima de 100 animais, que pastejam em áreas comuns com outros rebanhos, em uma distância ≤500 metros entre as propriedades, que adotam medidas biotecnológicas da reprodução e não utilizam agulhas estéreis, são mais susceptíveis à infecção por LVPR. Sendo assim, conclui-se que, há a presença dos LVPR em rebanhos sergipanos, e mesmo que em baixas frequências faz-se necessário a implementação de medidas profiláticas devido a possibilidade de expansão e desenvolvimento da caprinocultura do estado, e o alto padrão genético da raça Santa Inês.
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