Ano 2018 - Volume 38, Número 6


Título
Avaliação histopatológica da toxicidade da formalina em Arapaima gigas (Arapaimidae), o peixe gigante da Amazônia, 38(6):1015-1025
Autores

Resumo
RESUMO.- Andrade-Porto S.M., Ramos C.A., Roque R., Affonso E.G., Barcellos J.F.M., Queiroz M.N., Araújo C.S.O. & Tavares-Dias M. 2018. Histopathological evaluation of formalin toxicity in Arapaima gigas (Arapaimidae), the giant fish from Amazon. [Avaliação histopatológica da toxicidade da formalina em Arapaima gigas (Arapaimidae), o peixe gigante da Amazônia.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(6):1015-1025. Embrapa Amapá, Rodovia Juscelino Kubitschek Km 5, Macapá, AP 68903-419, Brazil. E-mail: marcos.tavares@embrapa.br

O presente estudo teve como objetivo determinar a concentração letal e efeitos estruturais e ultraestruturais causados ​​pela exposição a formalina em juvenis de Arapaima gigas. Noventa peixes (60,1±2,5g e 20,2±0,9cm) foram expostos a 0, 22, 44, 66, 88 e 110mg L-1, para determinar a concentração letal (CL50-96h) de formalina que foi 36,4mg L-1. Os efeitos subletais foram avaliados por análises histopatológicas das brânquias e avaliação das alterações comportamentais e sinais clínicos. A CL50 de formalina para 24, 48 e 72horas foi de 88,3, 64,7 e 56,8; respectivamente. Sinais clínicos e alterações comportamentais encontradas foram: natação errática, letargia, aglomeração de peixes na superfície da água, perda de equilíbrio hidrodinâmico, espasmos e confronto agonísticos, observados apenas nas concentrações de 88 e 110mg L-1. O índice de alteração histológica (IAH) mostrou que as concentrações de 66, 88 e 100mg L-1 apresentaram diferenças significativas (p<0,05) em relação aos controles, indicando a ocorrência de danos moderados nas brânquias dos peixes expostos a formalina. Os valores médios de alteração (VMA) para as concentrações 22, 44, 66, 88 e 110mg L-1 foram 1,14, 1,29, 1,51, 1,53 e 1,60; respectivamente, e as diferenças na composição desse índice foram observados apenas na exposição com 110mg L-1 de formalina. Foi possível concluir que concentrações subletais de formalina (22,0mg L-1) não comprometem a saúde de juvenis de A. gigas. Concentrações de formalina acima da CL50-96h podem ser usadas cuidadosamente para banho de curto tempo, uma vez que o VMA para todas as concentrações testadas indicou apenas lesões localizadas que não comprometem a funcionalidade das brânquias dos peixes expostos.
Download / Visualização
  
 
Colégio Brasileiro de Patologia Animal CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ISI Web of Knowledge SciELO - Scientific Electronic Library Online Banco de Dados Bibliográficos da USP UnB - Universidade de Brasília UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro CFMV - Conselho Federal de Medicina Veterinária