Ano 2018 - Volume 38, Número 4


Título
Incidência de Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis em bezerros no semiárido paraibano, 38(4):605-612
Autores

Resumo
RESUMO.- Costa V.M.M., Ribeiro M.F.B., Duarte G.A.F.P., Soares J.F., Azevedo S.S., Barros A.T.M., Riet-Correa F. & Labruna M.B. 2018. [Incidence of Anaplasma marginale, Babesia bigemina and Babesia bovis among calves in the semiarid region of Paraiba, Brazil.] Incidência de Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis em bezerros no semiárido paraibano. Pesquisa Veterinária Brasileira 38(4):605-612. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Universidade de São Paulo, Avenida Prof. Orlando Marques de Paiva 87, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: labruna@usp.br


Este estudo avaliou a incidência de infecções naturais pelos agentes da tristeza parasitária bovina (TPB), Anaplasma marginale, Babesia bovis e Babesia bigemina, em bezerros nascidos em cinco fazendas do semiárido paraibano. Em cada fazenda, foram coletadas amostras de sangue de 6 a 14 bezerros a cada 14 dias durante os primeiros 12 meses de vida de cada animal. As amostras de sangue foram processadas por microhematócrito e testadas por PCR para detecção de DNA de A. marginale, B. bovis e B. bigemina. Em paralelo, foram quantificadas as infestações por carrapatos nos bovinos nas cinco fazendas, assim como as populações de tabanídeos em três fazendas. De 41 bezerros monitorados durante o primeiro ano de vida, 25 (61,0%) apresentaram PCR positivo para A. marginale, 7 (17,1%) para B. bigemina e 3 (7,3%) para B. bovis. Os valores de incidência da infecção por A. marginale variaram de 83,3% a 100% em quatro fazendas. A infecção por B. bigemina ocorreu em bezerros de apenas duas fazendas (incidências de 12,5% e 85,7%) e a por B. bovis em apenas uma (incidência de 42,8%). Em uma fazenda os 14 bezerros permaneceram negativos para A. marginale, B. bigemina e B. bovis durante os 12 meses de acompanhamento. Os resultados de PCR foram confirmados por sequenciamento de DNA de produtos amplificados. A presença de carrapatos Rhipicephalus (Boophilus) microplus foi verificada somente em duas propriedades, nas quais houve infecção por A. marginale, B. bigemina e B. bovis (este último agente em apenas uma delas). Foram capturados 930 tabanídeos no estudo, a maioria durante os períodos de chuvas na região; 70,7% dos tabanídeos corresponderam a Tabanus claripennis. Houve associação significativa entre PCR positivo para A. marginale ou B. bigemina e menores valores de hematócrito. Este estudo demonstra que, mesmo avaliando apenas cinco propriedades rurais, a incidência dos agentes da TPB ocorreu de forma heterogênea na região, corroborando o status de área de instabilidade enzoótica para TPB previamente relatado para o semiárido paraibano.
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