Ano 2018 - Volume 38, Número 3


Título
Investigação molecular de Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum e Rickettsia spp. em felídeos selvagens cativos, 38(3):528-535
Autores

Resumo
RESUMO.- Mazzotti G.A., Silva W.A.C., Carneiro F.T., Scalon M.C., Lima M.A., Teixeira M.A., Lima A.C.F. & Paludo G.R. 2018. [Molecular investigation of Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum and Rickettsia spp. in captive wild felids.] Investigação molecular de Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum e Rickettsia spp. em felídeos selvagens cativos. Pesquisa Veterinária Brasileira 38(3):528-535. Laboratório de Patologia Clínica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, SGAN 605, Avenida L2, Brasília, DF 70910-900, Brazil. E-mail: giane@unb.br

Doenças transmitidas por vetores estão emergindo e reemergindo em todo o mundo, representando um desafio na medicina humana e veterinária. Entre essas doenças estão aquelas causadas pelos agentes da ordem das Rickettsiales, que são bactérias Gram-negativas intracelulares obrigatórias, com capacidade de infectar vários animais e seres humanos. As Rickettsiales das espécies Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. são observadas em vacúolos citoplasmáticos de leucócitos e plaquetas. As Rickettsiales da espécie Rickettsia spp. infectam livremente citoplasma ou núcleo de células hospedeiras. O objetivo do presente estudo foi investigar a infecção natural por Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum e Rickettsia spp. em felídeos selvagens cativos no Distrito Federal e Goiás, Brasil. Além disso, também objetivou-se relacionar possíveis alterações hematológicas decorrentes da presença desses agentes. Amostras de sangue de 34 animais foram analisadas por meio da PCR para detecção de presença de DNA desses agentes. O DNA de Ehrlichia canis foi detectado em 5,8% (2/34) das amostras, A. platys foi detectado 64,7% (22/34), A. phagocytophilum foi detectado em 5,8% (2/34). O DNA de Rickettsia spp. não foi detectado em nenhuma amostra. Dois felídeos apresentaram coinfecção por E. canis e A. platys e dois apresentaram coinfecção por A. platys e A. phagocytophilum. Não houve diferenças significativas nos dados hematológicos das amostras positivas e negativas. Os dados sugerem que os felídeos selvagens cativos podem servir como potenciais reservatórios para Ehrlichia spp. e Anaplasma spp., a despeito de não ocasionarem alterações hematológicas.
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